Huang Di, o Imperador Amarelo, segundo Unai H. T., meu filho (7 anos). Desenho espontâneo. "Papai, olha o que eu desenhei, parece chinês...". "Unai!!! Mas esse é Huang Di, o Imperador Amarelo!". "Huang Di, gostei, como escreve?"
Versão boneco-feito-à-mão do Imperador Amarelo do Unai:
Huang Di (黃帝) (pinyin: huángdì) é conhecido no ocidente como o Imperador Amarelo.
É um dos Cinco Imperadores, reis lendários sábios e moralmente perfeitos que teriam governado a China após o período de milênios regido pelos também lendários Três Augustos ou Três Soberanos.
O Imperador Amarelo teria reinado de 2698 AC a 2599 AC. É considerado o ancestral de todos os chineses da etnia Han e o introdutor do antigo calendário chinês.
Conta a tradição que desde criança Huang Di era muito perspicaz, dotado duma inteligência fora do comum e capaz de estabelecer raciocínios avançados, além do normal para a sua idade, sobre os mais variados temas.
Durante o seu reinado Huang Di interessou-se especialmente pela saúde e pela condição humana, questionando os seus ministros-médicos sobre a tradição médica da época.
Esta obra é considerada um dos livros fundamentais da medicina tradicional chinesa. Divide-se em dois livros, de 81 capítulos cada um:
Há muitas versões sobre a origem desses textos ideográficos. Alguns estudiosos da história da China acreditam que o Nei Jing tenha sido realmente escrito por um grupo de médicos do Período dos Reinos Combatentes, (dinastia Chou orientais, 721-256 Ac.) (Horn; Sussman) , época associada à conquista do ferro e aos grandes clássicos da cultura chinesa que originaram o Taoismo (a partir do Tao Te King de Lao Tsé) e Confucionismo (Confúcio), os sábios da corte teriam feito uma síntese da tradição oral médica chinesa daquela época, naturalmente face aos recursos da escrita artesanal e instabilidade política da época, sofreu diferentes adaptações e versões.
Os primeiros papéis produzidos na China datam o séc. II de nossa era também descobertos em antigo sítio arqueológico do período Han (estampados como tabuinhas que resultaram na invenção da xilografia (VIII aC.) e tipografia entre 1380 e 1430. O primeiro texto de ampla divulgação encontrado é a Sutra do Diamante (Jingangjijing), o que se deve a divulgação do Budismo. A partir dos séc. XII e XIII as primeiras grandes coleções de textos enciclopédicos. Gernet J.
A versão da dinastia Tang (618-906) é uma das mais conhecidas graças ao poder e riqueza dessa época, contudo a versão mais antiga (clássica) corresponde à dinastia Han. O livro do imperador amarelo, da forma como é hoje encontrou respaldo nos achados recuperados em 1973 do túmulo nº3 em Mawangdui Changsha, província de Hunan. (Fu Weikang).
Além do cânone básico, a fabricação do aço - imprescindível para compreensão e prática da acupuntura moderna - e potencial divulgação do papel são referências suficientes para associar a etnia Han ao desenvolvimento da acupuntura. As primeiras referências à fundição do ferro são anteriores à esta, correspondem a dinastia Chou 513 aC., contudo nada impede a prática da acupuntura com agulhas de bronze (2000 aC.) ou mesmo pedra e ossos.
A abordagem etnográfica traz com ela a dificuldade de comparar povos sem escrita vivendo organizações naturais de famílias, clãs e tribos ou nações com formações culturais complexas organizadas no tempo e espaço a partir da escrita em interação com a nossa civilização.
No caso da China com cinco mil anos de história expressões com sociedades pré – econômica ou proto-econômicas, pré - cientificas, ou pré industriais dificilmente se aplicam a períodos anteriores à formações imperiais dado ao volume do comércio e tecnologia que se registra desde 2000 aC. , data em torno da qual se assinala o fim do período neolítico as técnicas de cerâmica Longshan e Yang Shao e nos remetem aos mitos que fundamentam a organização imperial dos cinco e três imperadores ancestrais.
O estudo da dinastia Han, por sua vez nos remete à difícil distinção conceitual, na perspectiva antropológica entre etnias e dinastias ou à organização destas a partir das lutas internas pelo poder imperial. Identifica-se hoje na China 56 Etnias, 55 destas (com 60 milhões de pessoas) sob a sombra do poder da principal nacionalidade, segundo Haesbaert, o grupo Han que envolve 93% da população.
O estudioso da civilização chinesa Joseph Needham da Universidade de Cambridge participa da idéia que a medicina chinesa está embriônicamente integrada ao nosso processo civilizatório. Identifica uma série de “coincidências” de período histórico e estrutura conceitual entre esta e a medicina hipocrática inclusive entre os textos (66 tratados) que compõem corpus hippocraticum (460 – 379 aC.) destacando a concepção dual, a dinâmica dos cinco elementos e a relação microcosmo – macrocosmos em especial a relação saúde e meio ambiente.
Nei Ching, O livro de ouro da medicina chinesa, RJ, objetiva. reedição da primeira tradução para língua portuguesa publicado por Editora Minerva, PT, 1940
Ling – Shu, Base da acupuntura da medicina tradicional chinesa. Tradução e comentários de Ming Wong. SP, Andrei, 1995
Chuncai, Zhou Clássico de Medicina do Imperador Amarelo, Tratado sobre a saúde e vida longa. SP, Editora Roca, 1999 – Edição adaptada à charges ilustradas c/ desenhos de Chuncai, Zhou ET AL.
Bibliografia auxiliar
Haesbaert, Rogério. China entre o ocidente e o oriente. SP, Ática, 1994
Horn, J.S. Medicina para Milhões. RJ, Ed Civilização Brasileira, 1979
Levi-Strauss, Claude A Noção de Estrutura em Etnologia. São Paulo Abril-Cultura (Os Pensadores vol 50-1a Ed) 1976 a
Needham, Joseph Gwei – Djen, Lu. Science and Civilisation in China, v. 6 Biology and Biological Technology, Part VI Medicine. UK, Cambridge University Press, 2000
Nan-Ching, o clássico das dificuldades, tradução e notas de Unschuld, Paul U.SP, Roca, 2003
Prieto, Heloisa / Blaise, Paulo. O Imperador Amarelo, (adaptação infanto juvenil) (2006), SP, Moderna Editora, 2006
Sussman, David J. O que é a acupuntura. SP Record, 1972
Weikang, Fu. Acupuntura y moxibustion - bosquejo histórico. Ediciones em lenguas extranjeras, Beijing, China, 1983
Versão boneco-feito-à-mão do Imperador Amarelo do Unai:
Huangdi
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
História da China | |||||||
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ANTIGA | |||||||
3 Augustos e os 5 Imperadores | |||||||
Dinastia Xia 2100–1600 AEC | |||||||
Dinastia Shang 1600–1046 AEC | |||||||
Dinastia Zhou 1045–256 AEC | |||||||
Zhou Ocidental | |||||||
Zhou Oriental | |||||||
Período das Primaveras e Outonos | |||||||
Período dos Reinos Combatentes | |||||||
IMPERIAL | |||||||
Dinastia Qin 221 AEC–206 AEC | |||||||
Dinastia Han 206 AEC–220 EC | |||||||
Han ocidental | |||||||
Dinastia Xin | |||||||
Han oriental | |||||||
Três Reinos 220–280 | |||||||
Wei, Shu & Wu | |||||||
Dinastia Jin 265–420 | |||||||
Jin Ocidental | Dezasseis Reinos 304–439 |
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Jin Oriental | |||||||
Dinastias do Norte e do Sul 420–589 |
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Dinastia Sui 581–618 | |||||||
Dinastia Tang 618–907 | |||||||
( Dinastia Zhou 690–705 ) | |||||||
5 Dinastias e 10 Reinos 907–960 |
Dinastia Liao 907–1125 |
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Dinastia Song 960–1279 |
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Song do Norte | Xia | ||||||
Song do Sul | Jin | ||||||
Dinastia Yuan 1271–1368 | |||||||
Dinastia Ming 1368–1644 | |||||||
Dinastia Qing 1644–1911 | |||||||
MODERNA | |||||||
República da China 1912–1949 | |||||||
República Popular da China 1949–presente |
Republica da China (Taiwan) 1945–presente |
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É um dos Cinco Imperadores, reis lendários sábios e moralmente perfeitos que teriam governado a China após o período de milênios regido pelos também lendários Três Augustos ou Três Soberanos.
O Imperador Amarelo teria reinado de 2698 AC a 2599 AC. É considerado o ancestral de todos os chineses da etnia Han e o introdutor do antigo calendário chinês.
Conta a tradição que desde criança Huang Di era muito perspicaz, dotado duma inteligência fora do comum e capaz de estabelecer raciocínios avançados, além do normal para a sua idade, sobre os mais variados temas.
Durante o seu reinado Huang Di interessou-se especialmente pela saúde e pela condição humana, questionando os seus ministros-médicos sobre a tradição médica da época.
Índice[esconder] |
O Clássico do Imperador Amarelo
Do registro das conversas entre Huang Di e seus ministros surgiu a obra conhecida actualmente como Nei Jing (内經) (pinyin: Nèijīng) - "O Clássico do Imperador Amarelo"[1].Esta obra é considerada um dos livros fundamentais da medicina tradicional chinesa. Divide-se em dois livros, de 81 capítulos cada um:
- O Su Wen - "Tratado de Medicina Interna"
- e o Ling Shu - "O Pivot Maravilhoso".
Há muitas versões sobre a origem desses textos ideográficos. Alguns estudiosos da história da China acreditam que o Nei Jing tenha sido realmente escrito por um grupo de médicos do Período dos Reinos Combatentes, (dinastia Chou orientais, 721-256 Ac.) (Horn; Sussman) , época associada à conquista do ferro e aos grandes clássicos da cultura chinesa que originaram o Taoismo (a partir do Tao Te King de Lao Tsé) e Confucionismo (Confúcio), os sábios da corte teriam feito uma síntese da tradição oral médica chinesa daquela época, naturalmente face aos recursos da escrita artesanal e instabilidade política da época, sofreu diferentes adaptações e versões.
Os primeiros papéis produzidos na China datam o séc. II de nossa era também descobertos em antigo sítio arqueológico do período Han (estampados como tabuinhas que resultaram na invenção da xilografia (VIII aC.) e tipografia entre 1380 e 1430. O primeiro texto de ampla divulgação encontrado é a Sutra do Diamante (Jingangjijing), o que se deve a divulgação do Budismo. A partir dos séc. XII e XIII as primeiras grandes coleções de textos enciclopédicos. Gernet J.
A versão da dinastia Tang (618-906) é uma das mais conhecidas graças ao poder e riqueza dessa época, contudo a versão mais antiga (clássica) corresponde à dinastia Han. O livro do imperador amarelo, da forma como é hoje encontrou respaldo nos achados recuperados em 1973 do túmulo nº3 em Mawangdui Changsha, província de Hunan. (Fu Weikang).
Além do cânone básico, a fabricação do aço - imprescindível para compreensão e prática da acupuntura moderna - e potencial divulgação do papel são referências suficientes para associar a etnia Han ao desenvolvimento da acupuntura. As primeiras referências à fundição do ferro são anteriores à esta, correspondem a dinastia Chou 513 aC., contudo nada impede a prática da acupuntura com agulhas de bronze (2000 aC.) ou mesmo pedra e ossos.
Múltiplas possibilidades de interpretação
Na perspectiva da antropologia estrutural O Livro do Imperador Amarelo corresponde segundo Levi-Strauss a um "documento bruto" o que equivale a uma etnografia, elaborada por representantes da própria etnia, segundo ele opinião da qual também partilha Durkheim e Mauss.A abordagem etnográfica traz com ela a dificuldade de comparar povos sem escrita vivendo organizações naturais de famílias, clãs e tribos ou nações com formações culturais complexas organizadas no tempo e espaço a partir da escrita em interação com a nossa civilização.
No caso da China com cinco mil anos de história expressões com sociedades pré – econômica ou proto-econômicas, pré - cientificas, ou pré industriais dificilmente se aplicam a períodos anteriores à formações imperiais dado ao volume do comércio e tecnologia que se registra desde 2000 aC. , data em torno da qual se assinala o fim do período neolítico as técnicas de cerâmica Longshan e Yang Shao e nos remetem aos mitos que fundamentam a organização imperial dos cinco e três imperadores ancestrais.
O estudo da dinastia Han, por sua vez nos remete à difícil distinção conceitual, na perspectiva antropológica entre etnias e dinastias ou à organização destas a partir das lutas internas pelo poder imperial. Identifica-se hoje na China 56 Etnias, 55 destas (com 60 milhões de pessoas) sob a sombra do poder da principal nacionalidade, segundo Haesbaert, o grupo Han que envolve 93% da população.
O estudioso da civilização chinesa Joseph Needham da Universidade de Cambridge participa da idéia que a medicina chinesa está embriônicamente integrada ao nosso processo civilizatório. Identifica uma série de “coincidências” de período histórico e estrutura conceitual entre esta e a medicina hipocrática inclusive entre os textos (66 tratados) que compõem corpus hippocraticum (460 – 379 aC.) destacando a concepção dual, a dinâmica dos cinco elementos e a relação microcosmo – macrocosmos em especial a relação saúde e meio ambiente.
Edições atuais do Livro do Imperador Amarelo
Wang, Bing Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Dinastia Tang – Edição bilíngue). SP, Ed Ícone, 2001Nei Ching, O livro de ouro da medicina chinesa, RJ, objetiva. reedição da primeira tradução para língua portuguesa publicado por Editora Minerva, PT, 1940
Ling – Shu, Base da acupuntura da medicina tradicional chinesa. Tradução e comentários de Ming Wong. SP, Andrei, 1995
Chuncai, Zhou Clássico de Medicina do Imperador Amarelo, Tratado sobre a saúde e vida longa. SP, Editora Roca, 1999 – Edição adaptada à charges ilustradas c/ desenhos de Chuncai, Zhou ET AL.
Bibliografia auxiliar
Haesbaert, Rogério. China entre o ocidente e o oriente. SP, Ática, 1994
Horn, J.S. Medicina para Milhões. RJ, Ed Civilização Brasileira, 1979
Levi-Strauss, Claude A Noção de Estrutura em Etnologia. São Paulo Abril-Cultura (Os Pensadores vol 50-1a Ed) 1976 a
Needham, Joseph Gwei – Djen, Lu. Science and Civilisation in China, v. 6 Biology and Biological Technology, Part VI Medicine. UK, Cambridge University Press, 2000
Nan-Ching, o clássico das dificuldades, tradução e notas de Unschuld, Paul U.SP, Roca, 2003
Prieto, Heloisa / Blaise, Paulo. O Imperador Amarelo, (adaptação infanto juvenil) (2006), SP, Moderna Editora, 2006
Sussman, David J. O que é a acupuntura. SP Record, 1972
Weikang, Fu. Acupuntura y moxibustion - bosquejo histórico. Ediciones em lenguas extranjeras, Beijing, China, 1983
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